quinta-feira, 8 de outubro de 2009


Diferenças de gramáticas
O encontro dos nossos cursistas, com a turma do professor José Cé, foi dos mais interessantes. Discutimos sobre vários assuntos, entre eles, o de que a Língua não é o mesmo que idioma. Segundo o professor Cé, cada país adota o seu jeito de falar, portanto, há línguas diferentes dentro do idioma Português. Cé também falou sobre as diferenças de gramáticas, para ele, é importante que o professor de Língua Portuguesa saiba as diferenças das gramáticas. Por exemplo: a Gramática Descritiva é a que adotamos para trabalhar com os alunos. "Essa gramática trabalha com a forma de prestígio da língua", diz ele. Cé também diz que a Gramática Normativa só é utilizada para consultas esporádicas e que enquanto que a Gramática Internalizada/Implícita é aquela que já vem com a vivência do aluno. Mais: neste encontro discutimos sobre a importância do texto. "Na vida tudo é um texto, não se pode fazer nada sem texto. É a partir do texto que se estabelece uma comunicação. Portanto, não se usa frases soltas, sem sentido", avaliou o professor.
Outro assunto que foi debatido entre os cursistas, foi a questão de que os professores de Língua Portuguesa, devem se conscientizar para que suas aulas não se tornem apenas espaços para incentivar os alunos a decorar regras gramaticais e sim, dar-lhes oportunidades para que eles despertem a criatividade de escrever, produzir textos de suas autorias, com base na proposta do Gestar II.

O prazer de ler - TP6

Depoimentos de Rubem Alves

A iniciação à leitura transcende o ato simples de apresentar ao sujeito as letras que aí estão já escritas. É mais que preparar o leitor para a decifração das artimanhas de uma sociedade que pretende também consumi-lo. É mais do que a incorporação de um saber frio, astutamente construído. Bartolomeu Campos Queirós, em: “O livro é passaporte, é bilhete de partida”
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Ler leva ao gosto, ao prazer, ao vício, e ninguém melhor que o professor para fazer o papel de Sherazade, do contador de histórias, do aliciador que encaminha o aluno no mundo das letras e das palavras, mundo extraordinário e causador de prazer indescritível... Mas, será que o professor está preparado para promover essa iniciação ao vício da leitura?
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“O gosto e o prazer pela leitura começam quando a criança se deslumbra com o maravilhoso emanado do livro, ou seja, com a história, pois não são as letras nem as sílabas que as extasiam, mas o enredo...”
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Saber que entrar em contato com a literatura é entrar em contato com a vida, que é feita de alegrias e tristezas. A leitura sempre traz uma mensagem que enriquece o leitor, mexe com o sentimental, balança o humano que, muitas vezes, está adormecido no íntimo do seu ser.
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Assim, é primordial que o professor, ao sugerir uma obra, fale a seus alunos sobre o autor, faça uma pequena biografia do mesmo e resenhe o livro, explique o porquê de lê-lo e, se necessário, contextualize a história. Também pode compará-lo com a época e o cotidiano em que vivem. Dessa forma, o enredo não será surpresa e o aluno terá idéia do que encontrará na leitura.
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Se o professor mostra que todo livro traz na capa ou nas primeiras páginas o nome do autor, do ilustrador, da editora e o ano que foi publicado, e o faz com convicção, passando para o aluno que tais informações são essenciais e que essa é a primeira leitura que se faz de um livro, esse aluno jamais se esquecerá de procurá-las toda vez que buscar uma leitura.
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É mesmo difícil ler nesse país, no qual há uma freqüente valorização do imagético. Não bastasse, o livro ainda é artigo de luxo, de tão caro que é. São poucos os que têm condição financeira de adquiri-los, e muitos desses poucos preferem obter um bem material como o computador, do qual as imagens praticamente saltam da tela e oferecem garantia certa de diversão rápida e imediata. Então, como competir com tal forte e necessário concorrente?
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Outro deslize freqüente do professor é que este, ao passar uma atividade não explica do que se trata e nem como fazê-lo, o que deixa o aluno em uma situação difícil: precisa cumprir a tarefa, mas não a sabe laborar. Daí advém o desgosto pela disciplina e pela leitura.
O professor, em apenas alguns anos, quebrou o entusiasmo desse aluno pelos livros, adquirido desde muito cedo, quando os pais liam para ele e davam suporte para que buscasse as primeiras leituras. A conseqüência desse ato é visível até hoje!
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Os depoimentos utilizados nos estudos comprovam que a leitura na escola ainda é tida como obrigação e usada como uma atividade avaliativa. Em casos extremos, há prova do livro para certificar-se de que o aluno cumpriu com a obrigação de ler.
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Além disso, em algumas ocasiões, a biblioteca, espaço que deveria ser considerado santuário, é profanada toda vez que o professor utiliza esse ambiente para castigar o aluno. Vá para a biblioteca e pegue um livro para ler. Ao final, faça um resumo de dez páginas!
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Rubem Alves (2001) acrescenta: o ato da leitura é uma experiência para ser vivida com prazer, experiência vagabunda, ou seja, solta, sem cobranças, sem relatórios, que não se deve ler para responder questionários, ou para interpretação, mas ler por puro prazer. Ler pelo simples gosto de ler. O conhecimento, a interpretação, o questionamento, vêm por acréscimo.
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Uma leitura, quando é feita por prazer, com gosto e que busque a fruição, beira o belo e o misterioso. No entanto, os programas escolares esquecem a essência do texto, trabalham apenas com o superficial. Quando não retiram dele o tema, o lugar, o tempo, o espaço, as personagens principais, usa-o para praticar a gramática. Essas coisas nada têm a ver com a interpretação. A interpretação acontece a partir daquilo que está escrito, do que toca o coração...
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Assim, convém ao professor, ao término de uma leitura, provocar seus alunos. O que é que esse poema lhes sugere? O que é que vocês vêem? Que imagens? Que associações? Dessa forma, em vez do aluno tentar descobrir o que o autor queria dizer com aquelas palavras, ele responderá a questão criando seu próprio texto literário. É melhor responder a um texto com um outro texto do que com uma interpretação, pois cada texto possui característica própria em que predominam a imaginação e a estética.
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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) tratam, não apenas, mas também da importância da escuta de textos orais e escritos. No entanto, a instituição escola pouco prepara para a atividade de leitura. São raros os exercícios que consideram a faixa etária dos alunos, o ambiente em que vivem, o grau de entendimento, assim como a valorização do conhecimento de mundo deles.
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Os Parâmetros curriculares Nacionais sugerem leituras através de jornais, de revistas, de fotos de família, enfatiza a importância de se ler imagens, uma vez que esta, além de ser texto, se compõe como uma unidade de significado. Também sugere que o professor desenvolva práticas leitoras com textos de diferentes gêneros, mas priorizar os que circulam socialmente.
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O exercício da leitura permite que o aluno, ao fim de uma leitura expressiva, seja despertado por idéias de intertextualidade, ou seja, é remetido a outros textos já conhecidos. Assim, ocorre uma leitura significativa que pode levá-lo ao prazer, à fruição, à vontade de partilhar as descobertas. Descobertas estas, que ultrapassarão os quatro cantos da sala de aula e ganharão o mundo dos corredores, do pátio...
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Dessa forma, leitura é prazer, e por ser prazer, pode ser renovada a cada aula, a cada dia. Por isso, não pensar em leitura como hábito, pois hábito insinua repetição freqüente de um ato, mas pensar a leitura como objeto que leva ao gozo, à fruição... Daí advém a vontade de a ela sempre retornar, já que é do deleite que nasce o desejo.
Através da música Semente do amor (CD Transe total, 1980), o grupo A Cor do Som compara o amor a uma flor, quando diz que esse precisa, para viver, de emoção e alegria e tem que regar todo dia! Assim, também a leitura para viver, precisa dos mesmos sentimentos: emoção e alegria e tem que ser regada, todo dia.
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“Livros não transformam o mundo. Livros transformam pessoas e as pessoas transformam o mundo.”

Poucas pessoas sabem que em 07 de janeiro comemora-se o Dia do Leitor. Que pena! Penso que seria uma data saborosa, se fosse comemorada em grande escala por nosso país. Quantos escritores brasileiros maravilhosos nós temos! Quantos jovens articulados em projetos culturais nós temos! Quantos movimentos pela leitura existem em nosso país! Já pensou se tudo isso fosse potencializado em um único dia, e todas as pessoas celebrassem o sabor da leitura em suas casas, escolas, vizinhanças, grupos de estudo, ONGs, hospitais, ruas, bibliotecas...
**"A grande coisa da educação é a leitura. E atualmente, infelizmente as pessoas não sabem e não gostam de ler. Literatura é vagabundagem! Você lê para ter prazer, para ter felicidade, não é pra ter nota! A leitura entra dentro da gente, faz a gente crescer, leva para outros mundos. Há 68 anos atrás, eu tinha aula de leitura na escola. A professora lia pra gente e a coisa boa é que não tinha nota!"



Visita
O professor-formador José Cé nos deu o prazer de sua visita. Oportunidade em que realizou convite, para que nossa turma visitasse a turma dele, Gestar II Matutino.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ensaio "O Carteiro e o Poeta"

SUSY CHRISTINE RAMOS CARBONERA E SILVA
Cursista


O filme aborda uma linha de amizade que cresce entre o famoso poeta Pablo Neruda, e o carteiro Mario Ruopollo, um homem simples, morador duma ilha na Itália,que ao se deparar com uma vaga nos correios, vê a chance de um trabalho longe das pescarias.
A chegada de Pablo Neruda, exilado do Chile, era tudo que Mario precisava para ampliar seus horizontes. Aos poucos o carteiro em sua simplicidade ganha o carinho de Neruda que o ajuda a vencer a timidez para aproximar-se da bela Beatrice.
A primeira coisa que o poeta lhe ensinou dizia respeito às metáforas, muito usadas por ele, em suas poesias. Desde o início, Mario tenta se valer do seu jogo de palavras, atitude que o tornara mais forte após o contato com o poeta.
O mar também exerce grande influência, pois é ele que muitas vezes inspira Neruda. É para o mar que o poeta pede para o carteiro ir olhando, quando vai pela beira da praia, buscar inspiração para seus versos. A partir daí Mario aprende a olhar, observar, sentir e reconhecer a beleza do seu universo. O poeta despertou em Mario a curiosidade e a criatividade.
Com a atenção recebida, o afeto crescente e as metáforas, a ilha apareceu com seus sons, suas cores diante dos olhos deslumbrados do carteiro.
Quando Pablo Neruda volta para o Chile, a primeira cena que segue, é somente a figura do mar com seu movimento de ondas e seu tom de amplitude, dando uma idéia de partida.
Como o próprio filme conta, foi preciso que o poeta Pablo Neruda, chegasse à ilha para que o carteiro Mario Ruopollo começasse sua reflexão sobre os problemas do povo e a necessidade de mudança. Aí reforçamos a idéia de que aprendemos com facilidade aquilo que nos interessa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Texto teórico para estudo

CORREÇÃO TEXTUAL: UMA PRÁTICA ABRANGENTE


Rogéria Aparecida Breda Veronezi

§ Correção Textual

Correção textual é um assunto bastante diverso porque implica em estarmos abordando técnicas e metodologias diferentes, visto que cada profissional adota uma postura frente a essa questão. Alguns defendem que não se deve corrigir os textos; outros defendem que os textos devem ser corrigidos; alguns defendem a reescrita do texto corrigido; outros optam pela não reescrita e, assim analisando, encontraremos uma extensa variedade de formas e pensamentos quanto a esse assunto.
Mas gostaria de enfocar a correção textual como uma oportunidade de aprendizagem para o aluno, defendendo a idéia de que o texto produzido pelo aluno é um rico material para exploração de itens relacionados à produção de um bom texto.
Nesse sentido, a correção textual torna-se de suma importância para o crescimento do aluno, pois na reestruturação dirigida pelo professor será a base para os questionamentos e reflexões do aluno quanto ao processo da escrita.

§ A "tabela"

Imaginando num meio que pudesse tornar a correção menos "sofrível" para o professor e mais "proveitosa" para o aluno, surgiu a idéia de criar uma tabela de códigos para enumerar as diversas dificuldades que surgem em um texto produzido por um aluno, seja esse aluno da 2ª, 3ª ou 8ª série. A intenção era que a correção feita pelo professor se transformasse em um material a ser utilizado e analisado pelo aluno.
Com a tabela, tanto professor quanto aluno têm uma visão global do texto, ou seja, tem-se a oportunidade de identificar qual o problema central do aluno ao escrever: incoerência, ortografia, concordância nominal, concordância verbal... Ao receber o texto pontuado, o próprio aluno percebe quais pontos precisa melhorar, ou seja, os códigos da tabela servem como um referencial para que o aluno reflita sobre que pontos estão impróprios no seu texto.

§ Aula de Reestruturação Textual

A metodologia pedagógica aliada à Tabela é a Aula de Reestruturação Textual.
Como se organiza uma aula de Reestruturação Textual? Nessa aula são expostos aos alunos as principais dificuldades que o professor observou quando da correção do texto, que é devolvido ao aluno devidamente pontuado.
Seleciona-se, então, um texto para ser reestruturado com a sala. Ou, então, selecionam-se vários trechos de textos diferentes que tenham apresentado o mesmo problema.
Para que o autor, ou autores, do texto não se sinta envergonhado pelo fato do seu texto estar sendo avaliado pela sala, explica-se para a sala qual o objetivo do trabalho. Geralmente não há problema nenhum quanto a isso, ao contrário, os alunos gostam que seus textos sejam reescritos pelos colegas com a ajuda do professor.
Mas esse trabalho não funciona se o aluno não for dirigido pelo professor ou instigado a refletir sobre o seu erro. Há, inclusive, a dúvida sobre se é válido a reescrita feita apenas pelo aluno sem o acompanhamento do professor, pois já foi observado na prática que muitos alunos, desatentos, corrigem o "erro" que foi pontuado pelo professor e cometem outros, principalmente no que diz respeito a ortografia – item 3 da tabela. Por isso que o mais apropriado é estar escolhendo um texto de um aluno da sala e estar reescrevendo com a sala. O professor também deve se policiar para não querer impor o seu texto sobre o que a classe produziu, nem tampouco apontar a falha antes que os alunos descubram: instigar e refletir são as palavras chaves.


§ Exemplos do Trabalho de Reestruturação

§ O professor percebe que a maior "falha" do texto X tenha sido Concordância Nominal. Monta uma ficha, a ser distribuída para alunos, com exemplos retirados dos textos que foram produzidos pelos alunos. O objetivo é questionar os alunos sobre onde se encontra o erro e refletir com eles sobre o porquê do texto estar errado. Em se tratando de questões gramaticais, o aprofundamento das regras dependerá da série em questão: se for uma série avançada, por exemplo, a análise em pauta pode ser o ponto de partida para se começar um trabalho aprofundado das regras de Concordância Nominal. Se for uma quinta-série, por exemplo, pode-se trabalhar apenas a regra geral de Concordância Nominal.
§ O professor deseja trabalhar estruturação. Seleciona dos textos produzidos pelos alunos trechos que tenham sido mal estruturados, monta uma ficha, distribui uma cópia para cada aluno e vai para a lousa discutir, refletir e reescrever com os alunos tais passagens. Nesse momento dá-se ao aluno a oportunidade de perceber que escrever não é apenas um ato de "inspiração", mas também um ato "artesanal": escreve, apaga, escreve, apaga, até chegar ao melhor texto. Em minha experiência, tenho tido ótimo retorno dos alunos nessas atividades, com grande participação e interesse.

Inúmeras são as atividades que podem ser desenvolvidas a partir da utilização dessa Tabela. Em nossa escola, o trabalho com a tabela é adotado a partir da 2ª série, não se utilizando, claro, todos os códigos, mas muito deles.
O professor utiliza sua criatividade para criar fichas para sistematização ortográfica, introdução a gramática contextualizada, ou mesmo para sistematização de itens gramaticais, etc.
É importante que as atividades criadas para as aulas de reestruturação sejam diversificadas e que haja pelo menos uma aula por semana para produção e para reestruturação.

§ Corrigir Não é Só Função do Professor de Português

Se a escola, por exemplo, contar com professores que acreditam que a correção textual não é função só do professor de Português, os outros professores também podem estar usando a tabela quando forem ler textos produzidos pelos alunos, seja em Ciências, História ou Geografia.
Suponhamos que haja uma sala em que esteja sendo constatado que os alunos venham apresentando sérios problemas ortográficos: os demais professores poderiam se valer do código 3 (ortografia) na correção de relatórios e questões dissertativas.

§ Corrigir Todos os Textos? Como?

Muitos podem questionar-me: "Nossa, mas tenho muitos alunos, não há como fazer isso toda semana."
Acreditando que o aluno tem que ter um contato semanal com a produção de texto, eu concordo que é bastante improvável corrigir e reestruturar todas as produções que os alunos façam. Como fazer então?
O aluno precisa escrever e precisa ter um retorno de como o seu trabalho está sendo feito; o professor, na maioria dos casos, não tem tempo hábil para averiguar tudo o que o aluno escreve.
Indicar uma solução é impossível, pois, como já dito anteriormente, as técnicas e metodologias de correção são muito subjetivas, variam de professor para professor.
Uma sugestão, entretanto, é que o professor escolha um tema para corrigir. Se o aluno produz quatro redações no mês, escolha uma e faça todo o processo: pontuação das falhas e fichas para as aulas de reestruturação textual. Dessa forma, o professor terá material suficiente para um mês. Quanto às outras três produções do mês, o professor pode atuar como um revisor durante o processo em que o aluno estiver produzindo o texto; não o corrigindo abertamente, mas questionando-o sobre as falhas que ora estiver cometendo, direcionando-o para que melhore o seu trabalho. Dá certo, experiência própria.

§ Conclusão

Com base nisso, o tema da exposição de que a correção textual é um tema abrangente pois de uma correção textual podemos tirar exercícios gramaticais, de reestruturação, de ortografia, enfim, depende da competência e criatividade do professor e do quanto ele conhece a sua classe para estar priorizando os assuntos em que os alunos mais têm dificuldade. A tabela facilita o nosso trabalho de correção pois com o uso o professor se habitua ao código e o fato de apenas pontuar as falhas o desobriga de dar sugestões sobre como o texto ficaria melhor, etc. O trabalho de melhorar o texto é do aluno; ao professor, cabe a tarefa de mostrar ao aluno as defasagens e fornecer-lhe ferramentas para que ele possa saná-las.




Anexo 1

TABELA PARA REESTRUTURAÇÃO TEXTUAL

1- Use ponto final
2- Use vírgula
3- Verifique a ortografia
4- Cuidado com a separação silábica
5- Retire a vírgula
6- Use dois pontos
7- Use ponto e vírgula
8- Use ponto de interrogação
9- Use ponto de exclamação
10- Use parênteses
11- Retire os parênteses
12- Use aspas
13- Retire as aspas
14- Use discurso direto
15- Use letra minúscula
16- Use letra maiúscula
17- Inicie um novo parágrafo
18- Faça maior marcação de parágrafo
19- Colocação confusa. Reescreva o fragmento sublinhado
20- Termo vago
21- Verifique a concordância verbal
22- Verifique a concordância nominal
23- Termo incorreto. Substitua-o.
24- Termo repetitivo. Substitua-o por um sinônimo ou palavra correspondente.
25- Termo desnecessário. Retire-o.
26- Falta algum termo.
27- Transfira este termo para o local indicado.
28- Incoerência textual: 1ª e 3ª pessoas
29- Use crase
30- Retire o ponto final
31- Incoerência verbal

Anexo 2

Correção Textual
A "tabela"
Aula de Reestruturação Textual
Exemplos do Trabalho de Reestruturação
Corrigir Não é Só Função do Professor de Português
Corrigir Todos os Textos? Como?
Conclusão

Anexo 3

Português 20/05/03
Registro da aula de 20/05/2003

§ Produção de texto
§ Continue o texto

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Eu tenho uma amiga japonesa na verdade é brazileira sansei, pois nasceu

no Brasil e é só neta de japoneses. Ela me contou outro dia que... "ela tinha
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ganhado uma irmãzinha que se chama Milk; é japonesa também. E eu esqueci
3
de apresentar o nome dela é Ioco Mas ela queria conheser o Japão porque ela

não entendia porque ela tinha que chamar este nome estranho e também
19
aquelas roupas estranhas do Japão.

E a Ioco esqueceu aquilo de ir para o Japão, Mas a irmã dela estava
3
cresendo já estava com 5 anos.
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( Mas certo dia ) Milk já estava grande e a Ioco tinha uma roupa do Japão
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que não cervia mais para ela e a Ioco passou a roupa para Milk.
21 3 21 31
Um dia Ioco e Milk quis conheser o Japão e a mãe delas levarão elas para
3 1 25 20 21
conheser o Japão (e) elas ficaram encantadas porque elas era também
3 20 3 20
daquele jeito com os olhos puchadinhos mas elas queriam falar a lingua delas
3
mas não conseguião falar.
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(E) no outro dias elas voutaram do Japão e contou para os amigos que
21 26 23 3 21 7 21 26 21
tinha visto a cidade das avos tinha nascido falou muitas coisas que viu e elas
3 3
não ficaram pertubando mais a mãe dela para ir conhecir o Japão.
1 25
Mas certo dia os pais delas e os avós resolveram ir morar no Japão e elas
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quis ir morar no Japão e forão.


A galinha que salvou o dono
3 3 16 3 3
Segunda feira de maña jãozinho foi vende seus quejos na cidade e levou

sua galinha de estimação.
3 2 3
Chegando na quela cidade grande inluminada, com muito movimento.
16 3 3 3 3 3 1 3
Jaozinho foi direto a ceu obijetivo, que ere o predio da prefeitura, la muitas
3 31 3 7 3
pessouas compravão seu quejo, foi de andar em andar e vendeu quaze todos,
3
só restou um e ainda faltava o ultimo andar.
25 3 3
Chegando ( lá ) no ultimo andar do predio da prefeitura, ele ofereceu o
3 3 3 16 2 1 3
ultimo quejo a o senhor pedro o prefeito da cidade ele pediu para que jãozinho
3 3
e sua galinha esperasem perto da janela para que ele foce buscar o

dinheiro.
3 2 3 3 2 3
Jãozinho coma era curiozo abriu a janela para ver como era lá em baicho.
16 3 3
encanto ele via a cidade pela janela do predio o prefeito chegou e abriu a
16 3 3
porta com tanta força que jãozinho levou um susto tao grande que caiu da
3 2
janela do vijésimo andar; sua glainha vendo ele caindo abriu suas azas e
3 3 3 3
pulou atras de seu dodo, conseguiu alcansalo e sauvar sua vida.
2 2 26 3
O prefeito vendo aquilo ficou imprecionado com aquela galinha que chamou
3
até os jornalistas da cidade para pubricar o fato inesperado de uma galinha
3
sauvar a vida de um homem.
31 3 3 22 3
As pessoas ficarão tão curiozas que forão todos para o predio da

prefeitura ver a galinha que sauvou a vida de um homem.
3 3 3 1 3
A televisão quis contratala para ser uma artista e o jãozinho concordo vouto
23 3
a sua casa ainda não acreditando o fato que tinha acontecinto e não dormiu a
3 24 3
noite entera pensando no que tinha acantecido.

O que é ter estilo?

A aula de estilística foi superdivertida. "Cada um é cada um" e assim, partimos para uma das dinâmicas mais animadas da turma. Montamos uma passarela e sugerimos aos cursistas que elegessem, entre eles, alguns colegas para desfilar, enquanto o formador Soleu narrava as características visuais e pessoais daqueles que desfilavam. Em seguida, entramos na questão sobre estilística, frisando o fato de que trata-se de um dos mais polêmicos assuntos da linguagem. "De moo geral, as definições consideram o estilo como resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do falante".

Ensaio do filme "Língua: vidas em português"

Formação Continuada - Gestar II
Balneário Camboriú – 22/07/2009
Integrantes do grupo: Soleu, Leopolda, Cé, Rita e Itacir.

Um mesmo idioma e várias línguas: isso faz a diferença

No filme “Língua: Vidas em Português” percebemos que as pessoas estão unidas pela língua, não necessariamente pela cultura, apesar das suas especificidades. No momento em que vivemos não existem censuras, a não ser no sentido adequado e não- adequado diante de situações reais.
Pode-se notar, no documentário, que os personagens quando estavam desempenhando seu papel no filme, enquanto grupo social, utilizavam o mesmo idioma (norma). Porém, mantendo as diferenças dialetais e as marcas pessoais de cada um (idioleto).
O que se deve levar em conta atualmente no caso do trabalho com a língua, no panorama pós-moderno, é que os falantes não mantêm mais um paradigma único, resultado da percepção fragmentada da leitura de mundo. Portanto, não podemos apresentar a língua como uma unidade padronizada imposta por uma classe elitista. Isto quer dizer que deve haver vários textos com as linguagens próprias para representar essas múltiplas experiências.
Considerando-se o ensino da língua mais especificamente na escola, devemos distinguir, pelo menos, os seguintes tipos de gramática:
1. GRAMÁTICA NORMATIVA [PRESCRITIVA
Conjunto de normas que devem ser seguidas. Existe o CERTO e o ERRADO. Apresenta o ideal (imaginário).
2. GRAMÁTICA DESCRITIVA
Conjunto de normas que são seguidas efetivamente. Neste tipo de gramática trabalha-se com REGRAS OPERACIONAIS. Apresenta o possível.
3. GRAMÁTICA INTERNALIZADA
Conjunto de regras que todos os falantes nativos de uma língua possuem. São REGRAS NATURAIS.
Tratando-se da Literatura, que é uma arte, pode dar-se o luxo de não parecer literária, de parecer pobre ou até mesmo cheia de chavões. Por isso, não se deve relacionar a linguagem literária com a norma padrão e com o registro formal- porque representa apenas uma destas possibilidades.
Reportando-nos ao filme mencionado, os protagonistas, mesmo provenientes de diferentes culturas e de espaços geográficos diversos, além das diferenças de idade, ocupações, interesses, todos eles permaneciam com uma determinada identidade linguística: interagiam com “línguas diferentes”, porém dentro do mesmo idioma.