segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ensaio do filme "Língua: vidas em português"

Formação Continuada - Gestar II
Balneário Camboriú – 22/07/2009
Integrantes do grupo: Soleu, Leopolda, Cé, Rita e Itacir.

Um mesmo idioma e várias línguas: isso faz a diferença

No filme “Língua: Vidas em Português” percebemos que as pessoas estão unidas pela língua, não necessariamente pela cultura, apesar das suas especificidades. No momento em que vivemos não existem censuras, a não ser no sentido adequado e não- adequado diante de situações reais.
Pode-se notar, no documentário, que os personagens quando estavam desempenhando seu papel no filme, enquanto grupo social, utilizavam o mesmo idioma (norma). Porém, mantendo as diferenças dialetais e as marcas pessoais de cada um (idioleto).
O que se deve levar em conta atualmente no caso do trabalho com a língua, no panorama pós-moderno, é que os falantes não mantêm mais um paradigma único, resultado da percepção fragmentada da leitura de mundo. Portanto, não podemos apresentar a língua como uma unidade padronizada imposta por uma classe elitista. Isto quer dizer que deve haver vários textos com as linguagens próprias para representar essas múltiplas experiências.
Considerando-se o ensino da língua mais especificamente na escola, devemos distinguir, pelo menos, os seguintes tipos de gramática:
1. GRAMÁTICA NORMATIVA [PRESCRITIVA
Conjunto de normas que devem ser seguidas. Existe o CERTO e o ERRADO. Apresenta o ideal (imaginário).
2. GRAMÁTICA DESCRITIVA
Conjunto de normas que são seguidas efetivamente. Neste tipo de gramática trabalha-se com REGRAS OPERACIONAIS. Apresenta o possível.
3. GRAMÁTICA INTERNALIZADA
Conjunto de regras que todos os falantes nativos de uma língua possuem. São REGRAS NATURAIS.
Tratando-se da Literatura, que é uma arte, pode dar-se o luxo de não parecer literária, de parecer pobre ou até mesmo cheia de chavões. Por isso, não se deve relacionar a linguagem literária com a norma padrão e com o registro formal- porque representa apenas uma destas possibilidades.
Reportando-nos ao filme mencionado, os protagonistas, mesmo provenientes de diferentes culturas e de espaços geográficos diversos, além das diferenças de idade, ocupações, interesses, todos eles permaneciam com uma determinada identidade linguística: interagiam com “línguas diferentes”, porém dentro do mesmo idioma.

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